RESENHA O NARRADOR
- Gabriel Da Silveira
- 3 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
¹GABRIEL DA SILVEIRA ANGELO
O narrador é um ensaio escrito por Walter Benjamin, neste contexto mais uma vez Benjamin trás uma reflexão sobre a sociedade e a experiência e morte do narrdor diante a um contexto social do século XIX e de expansão sistemática do sistema Capitalista. Ao trazer suas colocações ao ver não estar somente associada a uma condição literária a narrativa, justamente a condição narrativa da sociedade. Benjamin percebe a dificuldade do individuo em se mover através de uma narrativa como o próprio coloca “É cada vez mais raro encontrar pessoas que saibam narrar qualquer coisa com correção (Benjamin, 1992, p28).”.
O autor coloca o desaparecimento do sujeito “Narrador da História”. Ao exemplo do ensaio Experiência e pobreza, a colocação de Benjamin esta diretamente associada a experiência do sujeito e feito isso também as analises extraídas como a sabedoria e a informação. Tanto Experiência e Pobreza e O narrador partem da analise de Nikolai Leslov sobre a falta de o sujeito narrar sua própria História. Como em Experiência e pobreza, a narrativa esta comprometida a um reflexo de pós-guerra a sociedade Europeia, não só os soldados, mas a população sofre o duro lampejo de uma guerra.
Não é só o campo de guerra que sofre com a terra arrasada, a terra arrasada permanece no intimo daqueles que viveram a guerra. Segundo Benjamin as narrativas são diversas, como as experiências, no entanto estão no subjetivo, dentro disso se destacam dois tipos de narradores (O camponês e o Marinheiro). Walter Benjamin exemplifica a diferença de dois narradores a uma condição de extensão da narração.
O primeiro com sua experiência adquirida de seu trabalho no campo no dia-a-dia e o vinculo a seu país e o outro a sua experiência adquirida das viagens vinda de fora. A essa percepção é possível visualizar a experiência também ao contexto de sabedoria por isso Benjamin destaca a importância de narrar a uma construção também de sabedoria. Portanto se a experiência não é narrada também inexiste a sabedoria .
Walter Benjamin trás a reflexão de dois elementos que é a comparação ao romance que se move com fundamento subjetivo para cada individuo e a informação como combate ao romance. A inexistência ou a morte da sabedoria é diretamente vinculada ao romance. Fundamental para compreender a ideia de Benjamin é a comparação a narrativa e o trabalho manual.
Segundo Benjamin a narrativa é uma construção do dialogo como a experiência, isso se volta a um campo de transmissão nas relações sociais. Essa reflexão é constante pois o período a qual Benjamin relata a morte da narrativa é cada vez mais constante.Pois essa percepção estava diretamente a associada ao inicio do capitalismo, e se fazer um paralelo entre o século XIX e XXI é possível perceber que a falta de narrativa ainda permanece no conjunto deste sistema.
A reflexão que Benjamin trás é de que não pode em hipotese alguma esquecer o narrador nas esquinas da história,e que o mundo esta carente de narrador para mover os demais sujeitos ente a história são só a um ponto subjetivo ou pragmático particular e sim ao advento da transferência de experiências.
REFERENCIAS
Benjamin, W. (1992) Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Tradução de Maria Amélia Cruz et al. Lisboa: Relógio D´Água.
