Contra a Farsa de Raimundo Colombo!
- Direção estadual
- 8 de abr. de 2016
- 3 min de leitura

Viemos em nome do PSTU denunciar a farsa que são as declarações do governador Raimundo Colombo em entrevista ao jornal Diário Catarinense, edição dessa quarta-feira, 06 de abril. Nessa entrevista, Colombo se declara favorável às eleições gerais frente à crise econômica, política e social. Mas ao mesmo tempo seu partido mantém ministério no governo federal e negocia cargos em troca do apoio para barrar o impeachment. Isso nada mais é do que uma evidente barganha para ganhar espaço dentro do governo Dilma.
Neste sentido, esta semana, a presidente da República, Dilma Rousseff, do PT, e o presidente do senado, Renan Calheiros, do PMDB, se declararam favoráveis ao chamamento de novas eleições gerais em resposta à Marina Silva da Rede e a outros setores que propõem novas eleições somente para presidente e vice. Fizeram em tom de provocação frente à proposta de Marina Silva, que é outro engodo, e vai na contramão do anseio popular de trocar todo mundo e não só presidente e vice.
Nada demonstra melhor a farsa do que a situação inusitada a que chegamos. Se a presidente da república, o presidente do senado e até o governador do estado falam de eleições gerais por que elas não acontecem? Por que continuam a debater majoritariamente o impeachment, que é trocar seis por meia dúzia, ou manter tudo como está? Justamente porque não passa de pura demagogia desses políticos. Eles não querem qualquer mecanismo de participação popular para que o povo decida a saída para a atual situação do país.
Vivemos hoje o aprofundamento da crise econômica, social e política no Brasil e em Santa Catarina, com o crescimento preocupante do desemprego, da inflação e de medidas que atacam direitos históricos de nossa classe e o serviço público, a exemplo das reformas da previdência, do PLP 257/2016, do PLS 555 que vai entregar as estatais federais para a iniciativa privada, dos cortes de verbas na saúde e na educação e com a lei antiterrorismo. Ou com os novos ataques de Colombo contra direitos dos servidores. Essa crise se expressa também no descrédito da população nos políticos e nos grandes partidos devido aos crescentes casos de corrupção que atingem governo federal, oposição burguesa e o governo do estado. O povo está cansado de PT, PMDB, PSDB, PSD e desse Congresso Nacional.
Majoritariamente a população trabalhadora quer botar todos para fora a começar por Dilma do PT, Colombo do PSD, Cunha, Temer e Renan do PMDB e Aécio do PSDB. Também esse Congresso Nacional e essa ALESC. Trocar todo mundo!
O PSTU reafirma sua reivindicação de fora todos eles! Fora Dilma, Colombo, Temer, Cunha, Renan e Aécio. Fora esse Congresso e essa ALESC. É preciso chamar eleições gerais já sob novas regras mais democráticas. Não temos qualquer Ilusão no sistema político atual, corrupto e a serviço dos ricos e poderosos. Por isso, exigimos novas eleições gerais onde corruptos da lista da Odebrecht, que inclui Colombo, não possam concorrer, que sejam eleições livres de financiamento privado, com revogabilidade dos mandatos e com condições iguais para os partidos.
Na mesma entrevista no Diário Catarinense, Colombo se diz contrário à colocação de pré-requisitos na renegociação da dívida do estado com a União, através da PLP 257/2016. No entanto, Colombo já antecipou um dos mais amargos pré-requisitos do projeto do governo federal: a aplicação da reforma da previdência, que confiscou o salário dos servidores, elevando a contribuição de 11% para 14% ao longo dos próximos anos. Além disso, Raimundo Colombo paga em dia as dívidas interna e externa e concede bilhões de renúncia fiscal ao grande empresariado.
Acreditamos que é preciso lutar de forma independente de patrões e governos. Convidamos as entidades do movimento sindical e social da classe trabalhadora a se integrarem na construção de um 1° de maio classista e contra o governo federal, o Congresso Nacional e a oposição burguesa, conforme está chamando a CSP-Conlutas e o Espaço Unidade de Ação com manifestação nacional a ser realizada em São Paulo, SP. Chamamos ao PSOL, a unidade classista e ao Pólo Comunista Luís Carlos Prestes a que venham construir esse dia luta.
Acreditamos também que precisamos botar nossa classe na rua para garantir o fora todos eles, eleições gerais com regras mais democráticas e derrubar as medidas do ajuste fiscal. É preciso avançar para construir uma grande greve geral! Nesse sentido chamamos a CUT a que atenda ao chamado da CSP-Conlutas e que rompa com o governo federal e construa essa greve geral. Defendemos um governo socialista dos trabalhadores apoiado em conselhos populares.
Gilmar Salgado, presidente estadual do PSTU
Cíntia Santos, vice-presidente estadual do PSTU
Comments