O Dia 8 de março nos remete ao ano de 1857, ano que operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi duramente reprimida com brutal violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 operárias tecelãs morreram carbonizadas. Porém, somente no ano de 1910, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram naquela fábrica em 1857.
A história pouco mudou, as mulheres continuam sendo explorada por um sistema machista que oprime e mata mulheres todos os dias. No Brasil o número de homicídios cometidos contra as mulheres registrou uma forte alta em dez anos. Entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762, um aumento de 21,0% na década. Os dados são do Mapa da Violência 2015 — Homicídios de Mulheres no Brasil.
Em tempos de crise econômica as mulheres trabalhadoras são as que mais sofrem, em especial as mulheres negras e as trabalhadoras LGBTs. Segundo o jornal “Opinião Socialista”, a combinação de machismo, racismo e LGBTfobia impõe enormes desigualdades, fazendo cotidianamente mais mulheres vitimas. Os dados do mapa da violência revelam que essas mulheres negras e LGBTs as que mais são assassinadas.
Além da violência física e morte das mulheres existe a exploração econômica. Segundo dados do IBGE, o numero de desemprego entre as mulheres subiu 45% nos últimos anos. O desemprego e os baixos salarias atigem, sobretudo, as mulheres negras. E apesar do discurso do governo Dilma, de que seu governo se preocupa com as mulheres, concretamente não aplicou nenhuma política decente para evitar que as mulheres sejam as maiores vitimas da crise econômica.
As mulheres trabalhadoras não podem pagar pela crise. É preciso unir forças para lutar contra o ajuste fiscal, a retirada de direitos e organizar uma grande luta pela greve geral. Lutar por um programa da classe trabalhadora para enfrentar a crise e derrotar o capitalismo.
Neste 8 de março, mais do que um dia de flores, é um dia de luta internacional de combate ao machismo, a violência física e moral contra as mulheres.
Basta de exploração capitalista! Pelo fim das demissões! Rumo a uma sociedade socialista dos trabalhadores!!!