No dia de ontem, 06 de agosto, os servidores públicos federais foram as ruas em defesa dos salários, de serviços públicos de qualidade para a população e contra o ajuste fiscal. O ato reuniu mais de 500 trabalhadores em greve em Santa Catarina.
A concentração da manifestação ocorreu em frente à agência do INSS, na Rua Felipe Schmidt, Centro de Florianópolis, e posteriormente houve marcha que seguiu até a frente do TICEN para dialogo com a população. O ato mostrou muita disposição de luta das categorias em greve e também muita animação e politização, contando com um carro de som com uma banda e falas realizadas pelos representantes das entidades dos servidores públicos federais e das centrais sindicais presentes de denúncia da política do governo federal.
Estavam presentes servidores públicos federais em greve do Ministério da Saúde e da Previdência Social, representados pelo SINDPREVS; professores da UFSC, representados pelo ANDES; técnicos administrativos e professores do IFSC, representados pelo SINASEFE; servidores da UFSC, representados pelo SINTUFSC; trabalhadores do judiciário federal, representados pelo SINTRAJUSC; trabalhadores de diversos órgãos federais, representados pelo SINTRAFESC; trabalhadores do IBGE, representandos pelo ASSIBGE. Bem como trabalhadores de outras entidades, a exemplo de trabalhadores da DATAPREV, representados pelo SINDPDSC.
A marcha foi organizada pelo Fórum Catarinense das Entidades do Serviço Público Federal e pelos comandos locais de greve.
Por que da greve?
O governo de Dilma e do PT, auxiliado pelo Congresso Nacional e os patrões, impõe neste momento um cruel ajuste fiscal. Contra os servidores públicos federais pretendem impor um confisco salarial se negando a repor as perdas salariais acumuladas desde 2012 e realizou uma proposta de reajuste para os próximos 4 anos que não cobre nem a inflação prevista para os próximos esses anos futuros e muito menos cobre a inflação passada. O dia também foi marcado pela denúncia de que 2 trabalhadores da DATAPREV, empresa do governo federal, foram demitidos no dia em que se realizava o ato. Mais um ataque covarde do governo Dilma.
Wagner Miqueias, representando o comando local de greve dos professores da UFSC, denunciaou que “o governo da 'pátria educadora' ampliou para R$ 12 bilhões os cortes na educação e muitos outros cortes acontecem em áreas essenciais como a saúde, enquanto os bancos batem recordes de lucros”.
Daniel Silveira, representando a CSP-Conlutas Santa Catarina, denunciou “que hoje a CUT e a Força Sindical negociam e ajudam a implementar o ajuste fiscal contra os trabalhadores por apoiar o PPE que prevê a redução salarial. É preciso que essas centrais rompam com o governo e assumam a construção da greve geral”. O representante da CSP-Conlutas ainda disse que “Dilma e o PT não nos servem. Renan, Cunha, Temer e o PMDB não nos servem. Aécio e o PSDB também não nos servem. Precisamos construir uma alternativa dos trabalhadores, que virá das greves, das lutas, dos piquetes e da organização dos trabalhadores e da juventude”.
Ato também ocorreu em Brasília
Em Brasília milhares também se reuniram para protestar em defesa da pauta dos servidores públicos federais. A marcha percorreu os Ministérios e protestou em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo recebido com spray de pimenta e bomba de gás. Era o que faltava, como se fosse pouco toda a corrupção e todos os ataques do governo de Dilma e do PT, agora tem a repressão. Uma vergonha! Mas os servidores em greve não se intimidaram e seguiram sua marcha pela Esplanada dos Ministérios. A marcha nacional foi organizada pelo Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais em greve.
Pela Vitória da Greve! Chega de arrocho salarial! Abaixo o Ajuste Fiscal!
Basta de Dilma, Cunha e Aécio! Por um Governo dos Trabalhadores sem Patrões e sem Corruptos!