O capitalismo diante da história foi uma revolução para humanidade, mas suas contradições surgiram diante da engrenagem da história e do desenvolvimento cientifico. À medida que se desenvolveu tornou-se um aparto de blindagem de uma única classe privilegiada a burguesia. A burguesia que de mocinha do feudo passa a ser a mente perversa da história a partir do século XIX. As transformações sociais são passadas através do contexto de afirmação e incertezas. É um choque de contextualizações históricas e interruptas, tendo como processo as contradições e a crise. Com isso analisar o surgimento do capitalismo partiremos para o desgaste do feudo a qual trouxe consigo seus conflitos como em todo processo social. Como afirma Arcary as mudanças geram crise:
A mudança social tem entre os seus mecanismos internos de impulsão, o momento da crise. Um encontro de tempos históricos desiguais, uma encruzilhada de forças sociais em conflito, em um tempo politico único, de unidade e ruptura, de conservação e superação. (ARCARY 2002, p. 10)
Engels já nos dizia que o capitalismo é o único sistema que se coloca em crise pelas suas próprias pernas. Resumidamente a crise se explica pelo excesso de produção, e acumulo de capital como afirma De Paula (2015):
O elemento fundamental desta teoria, portanto, é que a causa das crises é sempre o capital, o processo de acumulação capitalista. As formas históricas específicas nas quais a crise se manifesta podem ser muitas, e dependem do histórico específico no qual ocorrem, mas sempre são expressão desta mesma causa fundamental.(DE PAULA,2015)
No capitalismo existe um ciclo do pré-crise, a crise e o pós-crise podendo afirmar que o capitalismo vive de crise. No entanto esse ciclo aparece de formas diferentes ao longo da história. Para afirmar as crises do capitalismo Marx e Engels eram científicos a analisar a estrutura produtiva e ao mesmo tempo direta a enxergar uma saída para o fim ao regime burguês
As relações burguesas de produção e de troca, o regime burguês de propriedade, a sociedade burguesa moderna, que conjurou gigantescos meios de produção e de troca, assemelha-se ao feiticeiro que já não pode controlar as potências internas que pôs em movimento com suas palavras mágicas. Há dezenas de anos, a história da indústria e do comércio não é senão a história da revolta das forças produtivas modernas contra as modernas relações de produção e de propriedade que condicionam a existência da burguesia e seu domínio. Basta mencionar as crises comerciais que, repetindo-se periodicamente, ameaçam cada vez mais a existência da sociedade burguesa. (MARX; ENGELS, s/d: 26).
O Marxismo nos mostra cientificamente as relações materiais do homem e nos dizem que a condição material é a condição que determina o homem. Nessa logica se apresenta as características determinantes para a desigualdade no capital.
A ponta da lança do capital é produção que é acima de tudo a doação de força braçal do homem para alimentar sua condição social. A condição de Lacaio é tida como material do capitalismo explorador. A consciência diante do capital possibilita entendermos que existem soluções, e a primeira que diante humanidade podemos enxergar que o capitalismo não será eterno.
Temos o exemplo do feudalismo, os senhores do feudo propagandeavam que o Feudalismo era compacto, hoje em pleno século XXI a história se repete com os empresários dizendo que o capitalismo é compacto, no entanto só refletem seu medo perante a derrubada de seus privilégios.
Essa sombra de “crise presente” neste sistema só faz com que os argumentos de solução individual cresçam, argumentos de que é possível reformar o capitalismo, ou torna-lo sustentável. Mas essa é uma ilusão que é empregada para que os explorados ainda sejam mais explorada sendo uma vertente de que se mantenha e que se lucre mais. Analisando a história notamos que a burguesia esta repleta de crises ou estagnações, o capitalismo é alvo de crise desde sua transição como afirma Arcary (2002):
Ainda assim, mesmo considerada esta capacidade incontestável superior de contribuir forças subjetivas em um lento processo de longa duração,a transição burguesa foi recheada de períodos de estagnação, intervalos acidentais, recuos transitórios. Por isso dizemos que foi semi –catastrófica e semi-revolucionaria. (ARCARY 2002, p. 145)
O capitalismo passa ser referencia para uma estrutura de estado, os velhos comerciantes do império derrubam o mesmo a partir do momento que seu capital ou a força de concentração e sua força de domínio passa ser superior a do feudo. Para o capitalismo a maior ameaça é rebeldia ou a consciência do oprimido. Todo sistema em queda põe sua resistência, isso foi no feudalismo e será também no capitalismo. Essa resistência se leva pela condição estrutural que se coloca no processo material do sistema. De acordo com Queiroz (2013) o capitalismo não cairá de maduro ou de suas crises de superprodução.
De fato, o capitalismo não caiará de maduro. Marx sabia disso. Deste ângulo, permanece atual o entendimento de Marx de que o capitalismo não cairá de podre ou em decorrência das suas crises de superprodução. Nenhum modo de produção desaparece sem não antes imprimir uma resistência demasiado ampla às forças que pretendem ultrapassá-lo.(QUEIROZ, 2013)
A humanidade trás consigo uma carga de sobreposições diante da vivencia. O trabalho humano nos coloca como a obrigação de sermos produtos e produzirmos. Essa instancia de obrigatoriedade é a ilusão condicionada à exploração e a opressão. A ruptura com essa logica não é fácil, mas é diante da inflamação e do despertar da consciência que essa condição ira se postar da possível mudança. Então podemos afirmar que a crise ela não é igual, o que talvez possa afirmar que a crise ela é instalada no capitalismo, só o tempo e condição determinaram a distinção da crise. Pode mesmo de fato afirma que a crise é o excesso de produção. Se formos comparar o período e a forma de serão diferentes. Ela nunca será igual por exemplo se compararmos a crise 1929 e 2008 como pode afirmar Queiroz (2013):
Ela não é igual em todos os continentes, em todos os países e mesmo dentro de cada país e cada região. O fato, no entanto, é que estamos diante de uma crise longa, que sempre nos dá a impressão de está apenas no seu começo. Esse é o terreno em que se está pisando. Diferentemente das últimas (1997, 2001 etc.), essa é uma crise que tem o seu epicentro nas economias imperialistas. .(QUEIROZ, 2013)
A história da humanidade é repleta de lições, não será a condição de crise que ira por fim as repostas e o fim do capital. Estamos em um momento novo, o avanço do capitalismo diante do pós-queda do Muro de Berlin trouxe com sigo uma nova etapa para humanidade, o avanço tecnológico e as novas relações politicas geram uma fase de inflamação na estrutura capital.
Não será a crise econômica que derrubara o capitalismo, mas sim rebelião do povo oprimido construindo um ferramental de luta. Por isso só a nossa consciência determinara que o capitalismo se caminhasse para o limbo.